Setor do agronegócio paulista apresenta saldo positivo de empregos em abril

O setor do agronegócio do estado de São Paulo encerrou o mês de abril com um saldo positivo de empregos, registrando um aumento de 3.800 vagas, de acordo com dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Isso significa que o número de contratações superou o de demissões. Além disso, o agronegócio foi o setor que apresentou o maior crescimento percentual no estoque de empregos em relação a março, com um aumento de 1,1%.
Esse resultado representa o melhor desempenho para o mês de abril nos últimos quatro anos. Em 2022, o saldo de empregos em abril foi negativo, com o fechamento de mais de 1.800 vagas. Nos anos anteriores, a criação de empregos não chegou nem à metade do registrado agora, com 1.496 vagas em 2020 e 1.027 em 2021.
O saldo positivo do mês foi impulsionado principalmente pelo setor da cana-de-açúcar, seguido pelas atividades de apoio à agricultura, como preparação da lavoura, milho, café e atividades de apoio à produção florestal.
Uma das razões que explicam essa melhora é a perspectiva de aumento na produção da safra 22/23 em relação ao período anterior, de acordo com um levantamento realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA/APTA) e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI).
Existem alguns cuidados que contribuem para o aumento da produtividade, conforme destacado pela pesquisadora e vice-presidente do Instituto Agronômico de São Paulo, Regina Célia de Matos Pires. Esses cuidados incluem o preparo do solo, adubação e correção de acidez, controle fitossanitário para combater pragas e doenças, além de controlar a época de colheita e garantir disponibilidade hídrica, especialmente para as culturas de sequeiro, que são cultivadas sem irrigação.
O alto volume de chuvas registrado no final do verão deste ano impulsionou a produtividade das lavouras, principalmente nas culturas que registraram aumento de empregos. A cana-de-açúcar, por exemplo, requer um grande volume de água distribuído ao longo dos dias para obter um bom rendimento. O IEA prevê um aumento de 1,9% na produtividade dessa cultura em relação à safra anterior, 21/22. O milho safrinha também apresenta uma perspectiva de aumento de 14% na produção deste ciclo.
As chuvas abundantes também beneficiaram a produção de café, com uma previsão de colheita de 4,8 milhões de sacas (mais de 290 mil toneladas do produto) para este ano, um aumento de 9,2% em relação à safra anterior.
Para o produtor Tamis Lustri, presidente do Conselho do Café da Região de Garça, essa realidade se traduzirá em produtos de melhor qualidade. Lustri afirma: “Acredito que teremos cafés de melhor qualidade. Este ano foi espetacular devido ao volume de chuvas.”
Além do aumento das vagas de emprego, a pesquisadora do Instituto Agronômico ressalta que os empregos estão se tornando mais qualificados. “Um ciclo de produção com um bom volume de chuvas, distribuído de forma adequada, resulta em uma boa produtividade. Se existe uma demanda por alimentos, como temos, e se é possível obter uma boa remuneração, é de se esperar que os agricultores invistam mais em práticas culturais e tecnologias. Portanto, além de absorver mão de obra, também há uma absorção de mão de obra mais qualificada”, explica a pesquisadora.
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