O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parte nesta segunda (19), para sua sétima viagem internacional desde o início de seu mandato, embarcando rumo à Europa. Durante sua estadia no continente, Lula participará de reuniões bilaterais na Itália e na França, reforçando sua agenda diplomática com líderes internacionais.

A agenda oficial divulgada pelo Itamaraty revela que o presidente brasileiro, na terça-feira, dia 20, Lula se reunirá com o presidente italiano Sergio Mattarella e o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, que já o visitou durante sua prisão em Curitiba, no ano de 2018. Embora a pauta dos encontros não tenha sido divulgada, espera-se que temas de interesse comum e cooperação entre Brasil e Itália estejam na mesa de discussões. Vale destacar que Lula não se encontrará com a primeira-ministra Georgia Meloni, da direita italiana.

Já na quarta-feira, dia 21, o presidente brasileiro terá um encontro com o papa Francisco no Vaticano. O pontífice ainda está se recuperando de uma cirurgia abdominal realizada no início de junho. E espera-se que questões relacionadas à justiça social, meio ambiente e combate à desigualdade sejam abordadas.

A passagem de Lula pela Itália também será marcada pela apresentação de seu plano de paz para a Ucrânia. Segundo informações divulgadas pelo Itamaraty, o presidente brasileiro pretende propor a criação de um clube de países facilitadores do diálogo entre Kiev e Moscou. Essa iniciativa busca promover o diálogo e a busca por soluções pacíficas para o conflito que assola a região.

Após suas atividades na Itália, o presidente Lula viajará para a França, onde terá um encontro com o presidente Emmanuel Macron na quinta-feira, dia 22. Em Paris, Lula participará do Novo Pacto Financeiro Global, uma conferência sobre economia sustentável. O convite para o evento foi feito pessoalmente por Macron no início de junho, quando o líder francês ressaltou a importância de uma economia verde para o mundo.

Com essa sétima viagem internacional em apenas cinco meses de governo, algumas vozes críticas questionam a frequência das viagens do presidente Lula. Enquanto o presidente busca fortalecer as relações diplomáticas do Brasil com outros países e promover o papel do país como um ator relevante na arena internacional, surgem questionamentos sobre os custos envolvidos e a necessidade de tantas viagens em um curto período de tempo.

Embora seja importante buscar parcerias e discutir temas de interesse global, há quem argumente que os recursos e esforços empregados nas viagens internacionais poderiam ser direcionados para questões internas e desafios urgentes que o Brasil enfrenta. Além disso, críticos apontam que o presidente poderia buscar alternativas para promover a diplomacia e o diálogo sem a necessidade de tantas viagens pessoais, aproveitando plataformas virtuais e encontros bilaterais realizados no próprio país.

Enquanto o governo defende a importância dessas ações para ampliar a influência global do Brasil e buscar soluções conjuntas, a controvérsia em torno da frequência das viagens internacionais permanece, levantando questões sobre prioridades e recursos disponíveis para lidar com questões domésticas.