A Polícia Federal convocou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para depor às 14h de hoje, terça-feira (16/5). Será seu terceiro depoimento em menos de dois meses. Nesse caso, o inquérito investiga se ele esteve envolvido em um suposto esquema de fraude em seu cartão de vacinação.

Indícios apontam que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e outros assessores próximos podem ter colaborado na emissão de certificados falsos de imunização contra a covid-19. O objetivo seria garantir a entrada do ex-presidente e de sua filha nos Estados Unidos, no final de 2022.

Na época, apresentar esse documento era exigido pela alfândega americana, mas Bolsonaro e sua filha estavam isentos dessa obrigatoriedade, devido a exceções previstas nas regras do país.

A investigação da PF busca esclarecer se Bolsonaro tinha conhecimento ou não da suposta falsificação dos documentos. O ex-presidente negou qualquer envolvimento, conforme declarou à imprensa no dia em que foi alvo de uma operação policial que resultou na prisão de Cid e outras cinco pessoas.

A PF considera relevante o fato de registros no aplicativo ConecteSus, vinculado ao Ministério da Saúde e responsável pela emissão do certificado de vacinação, indicarem que a conta associada ao ex-presidente foi acessada de dentro do Palácio do Planalto por seu ex-ajudante de ordens para a emissão de comprovantes falsos. Isso fortalece a hipótese de que Bolsonaro tinha conhecimento da falsificação.